*Por Dinart Barradas.
Coisa triste é ver uma criança que precisa ser
corrigida e nem pai nem mãe ou qualquer outro adulto responsável assume o papel
de livrar esta criança da estultícia. Tenho exemplos dentro de minha própria
família para ilustrar o que escrevo, pois a uma parente minha foi dito certa
vez: Você será muito bem vinda em nossa casa, mas por favor não traga seu
filho!
Quando uma criança fica sem correção algumas coisas
são previsíveis:
1. Ela se torna uma
criança anti-social. Outros pais não querem que seus filhos brinquem com ela.
Ela não é cordata e não compartilha o que é seu. Quem quer ser amigo de alguém
assim?
2. Ela só aceita as
regras que ela mesmo cria. Quando as coisas não saem do seu jeito, ela emburra,
inviabiliza a brincadeira e cria um clima desagradável. Quem quer brincar com
alguém assim?
3. Ela se torna a dona
da verdade. Salomão chama isto de ser sábia a seus próprios olhos. Como
cultivar um dialogo com alguém que está sempre certo, ou pior, acha que está
sempre certo?
4. Ela, futuramente,
será motivo de vergonha para seus pais e responsáveis. Em provérbios está
escrito que a criança entregue a si mesma envergonhará a sua mãe.
O sacerdote Eli viveu este drama, pois seus filhos
fizeram coisas reprováveis diante de seus olhos e outras que foram contadas por
pessoas próximas a ele. Este pai recusou-se a repreender seus filhos e o fim
não foi nada agradável. Tanto ele quanto seus filhos tiveram um fim trágico.
Repudiamos qualquer tipo de violência contra a
criança, mas principalmente aquela violência representada pela omissão, pela
ausência de correção e pela displicência e morosidade em imprimir virtudes e
valores que farão de nossos filhos pessoas cujo futuro reserva frutos de
justiça e uma reputação que nos honrará e trará alegria na velhice.
Originalmente publicado em Ensine a Seu Filho.
*O autor é diretor do ministério de Educação de Filhos da Universidade da Família.
*O autor é diretor do ministério de Educação de Filhos da Universidade da Família.