domingo, 22 de abril de 2012

A ESPERANÇA QUE NÃO SE DESESPERA

Rm.4.17-25
 Intr. A esperança é o oxigênio que nos mantém vivos.

Quem não tem esperança vegeta, não vive.

Quem passa os anos de sua existência na masmorra do desespero, acorrentado pelo medo e subjugado pelas algemas da ansiedade, conhece apenas uma caricatura da vida.

 A vida verdadeira é timbrada pela esperança, uma esperança tão robusta que espera até mesmo contra esperança. Foi assim com Abraão, o pai da fé.

Deus lhe prometeu um filho, em cuja descendência seriam abençoadas todas as famílias da terra. Abraão já estava com o corpo amortecido. Sua mulher, além de estéril, já estava velha demais para conceber. A promessa de Deus, porém, não havia se caducado.

 Contra todas as possibilidades humanas, contra todos os prognósticos da terra, contra todo o bom senso da razão humana, Abraão não duvidou por incredulidade, mas pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus e esperou mesmo contra a esperança, e o milagre aconteceu em sua vida.

 Isaque nasceu e com ele a esperança de uma descendência numerosa e bendita.

 A esperança que não se desespera tem algumas características:

 1. Ela está fundamentada não em sentimentos humanos, mas na promessa divina.

Abraão não dependia de seus sentimentos, mas confiava na promessa.

Deus havia lhe prometido um filho e essa promessa não havia sido revogada.

Abraão já estava velho e seu corpo já estava amortecido, mas esse velho patriarca não confiava no que estava em seu interior, mas naquele que é superior.

 Não vivemos pelo que sentimos, vivemos agarrados na promessa. Não devemos nos estribar em nossas emoções instáveis, mas na Palavra estável e inabalável daquele que não pode mentir.

As promessas de Deus não podem falhar. Ele é fiel para cumprir sua Palavra.

Devemos tirar os olhos de nós mesmos e colocá-los em Deus. Dele vem a nossa esperança. Ele é a nossa esperança. Nele podemos confiar.


2. Ela está fundamentada não em circunstâncias, mas naquele que governa as circunstâncias.

 A fé ri das impossibilidades, pois não é uma conjectura hipotética, mas uma certeza experimental.

A fé não lida com possibilidades, mas com convicção.

 O objeto da fé não está no homem, mas em Deus.

A fé não contempla as circunstâncias, mas olha para aquele que está no controle das circunstâncias. Abraão sabia que Deus poderia fortalecer seu corpo e ressuscitar a fertilidade no ventre de sua mulher.

 Sabia que o filho da promessa não seria fruto apenas de um nascimento natural, mas, sobretudo, de uma ação sobrenatural.

A esperança que não se desespera não olha ao redor, olha para cima; não vê as circunstâncias, contempla o próprio Deus que está no controle das circunstâncias.


3. Ela está fundamentada não nas ações humanas, mas nas intervenções divinas.

 Abraão e Sara fraquejaram por um tempo na espera do filho da promessa.

O resultado dessa pressa foi o nascimento de Ismael.

A ação humana sem a condução divina resulta em sofrimento na terra, mas não em derrota no céu.

 O plano do homem pode ser atabalhoado, mas o plano de Deus não pode ser frustrado.

Deus esperou Abraão chegar a seu limite máximo antes de agir.

Esperou que todas as possibilidades da terra cessassem antes de realizar seu plano.

 Então, a promessa se cumpriu, o milagre aconteceu e Isaque nasceu.

O limite do homem não limita Deus. A impossibilidade do homem não ameaça Deus, pois os impossíveis do homem são possíveis para Deus.

 Conclusão

Quando o homem chega ao fim dos seus recursos, Deus ainda tem à sua disposição toda a suprema grandeza do seu poder.
Deus faz assim para que coloquemos nele toda a nossa confiança, para que tenhamos nele toda a nossa alegria e para que dediquemos a ele toda a glória devida ao seu nome.

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