segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

QUANTO CUSTA SER UM HOMEM (PARTE II)


Por Paul Washer*

Continuação do artigo da semana passada.

Quando um rapaz pode iniciar um relacionamento?

Quando ele pode ser um provedor para aquela pessoa. Por exemplo, se seu pai e sua mãe ainda pagam suas contas, “você não tem o direito” de pensar em alguém do sexo oposto. Apenas porque você atingiu certa idade não quer dizer que pode participar de tudo o que diz respeito a um homem. Você pode ter vinte e um anos e ser ainda um menino.

A Bíblia sempre trata com homens “e por esta razão o homem deixa seu pai e sua mãe para se unir a mulher”.

Esta idéia de namoro recreativo, “estou com ela porque gosto dela”, não existe na bíblia, nem mesmo nas culturas dos povos, exceto na cultura moderna ocidental. Os cristãos têm em média, pelo menos cinco relacionamentos antes de se casarem. Então, quando chegam ao altar, cinco partes deles estão espalhadas por aí. Eles não são uma pessoa completa. Você não sai de um relacionamento, com qualquer que seja o tipo de intimidade que tenha praticado, sem deixar uma parte de você mesmo para trás.

Não existe na Bíblia a idéia de um garoto, debaixo do teto de seus pais, alimentando-se da mesa deles, sendo sustentado por eles, que irá sair e se divertir com alguém do sexo oposto. Ela diz que para estar junto com alguém você deve deixar seu pai e sua mãe.

Então, tudo o que conhecemos terá que ser mudado? Exatamente. Mas se você é jovem, você crescerá rápido se disser: “Eu não posso mais ser um garoto ou brincar com as coisas de garoto, e ao mesmo tempo esperar ter a permissão de participar dos privilégios de homens”.

A principal responsabilidade do pai é que quando seus garotos atingirem 18 anos, eles já sejam homens. E por que a masculinidade bíblica se perdeu nos dias de hoje? Eu perguntava para um grupo de garotos: “Vocês estão no ensino médio. Vocês já escutaram seus amigos conversando sobre como crescer e se tornar um homem de verdade, desenvolver seu caráter, ser capaz de tomar conta de si mesmo, depois encontrar uma esposa e criar uma família santa?” Não, eles estão todos brincando com Playstations ou coisas parecidas.

Eu morei em uma tribo no Peru por muitos anos. Lá, quando um garoto tem 14 anos ele pode se casar, porque ele pode construir sua casa, pode fazer uma plantação, pode lutar para defender sua tribo de outras tribos. Mas na nossa cultura, a época do colégio é pura diversão, sem essa noção de “Eu tenho que me tornar um homem”. Depois, vem a universidade, que nada mais é que um colégio com pessoas mais velhas, onde o mesmo espírito permanece: “Vamos pra festa! Vamos andar por aí com nossos amigos! Vamos continuar a nos divertir”. E alguns, quando saem da universidade, continuam: “Ótimo, agora eu tenho dinheiro, posso comprar mais Playstations! Posso ter mais hobbies e comprar brinquedos mais caros”. E claro, eles querem sexo, então entram em um relacionamento. Mas, mesmo após o casamento, nunca assumem a responsabilidade de seu relacionamento. Pois não sabem que estão se casando com uma esposa, acham que estão casando com uma “mãe”, então querem que o tratamento de “mãe” continue.

Os pais têm essa idéia de que quando seus filhos atingem a idade de 12 anos, 11 anos (e a idade continua diminuindo), e começam a pensar sobre o sexo oposto, é chegada a hora de entrarem em relacionamentos. Este não é o sinal de Deus de que seu filho deve entrar em um relacionamento, mas é o sinal de Deus que é hora de começar a trabalhar a sua masculinidade, para que, com o tempo, ele se torne um homem e possa entrar em um relacionamento. O mesmo vale para as meninas. A idéia de ter garotos e garotas de 12 e 13 anos se relacionando é doentia.

O pior erro que um pai pode cometer é chegar para um de seus garotos e dizer: “Você é jovem, bonito, porque você não arranja umas namoradinhas?” Eu vou lhe parar no mesmo instante e lhe manter distante dos meus filhos. Jovens garotos devem estar construindo castelos, lutando contra dragões e lendo Crônicas de Narnia.

O que acontece é que quando aquela faísca aparece, não há ninguém para direcioná-lo. Quem lhe ensina sobre isto é a televisão, revistas e outros garotos como ele. Gasta-se muito tempo conversando sobre garotas, jogos, passeando por shoppings e todo aquele tempo que deveria ser usado para desenvolver masculinidade e feminilidade, é jogado fora.

Nos anos 60 e 70, nós quisemos dar ouvidos a grupos de feministas e homossexuais que queriam nos ensinar a como criar nossos filhos. Nós deveríamos ter consultado as escrituras, as veredas antigas, os caminhos do Senhor.

Sua obrigação não é dar às crianças todas as coisas que você nunca teve, pois foram as coisas que você nunca teve que fez de você o homem que você é hoje, e são estas coisas que você nunca teve e que você dá aos seus filhos que estão transformando-os em inúteis.. Não devemos dar as nossas crianças tudo o que não tivemos, devemos dar a elas nós mesmos, um mentor, um pai, um líder.

Verso 19 de Gênesis 3 diz: “Do suor da tua face tu comerás o pão…”. Há tempos atrás, apenas pessoas milionárias viviam em mansões. Mas, na nossa sociedade moderna, achamos que qualquer pessoa que trabalhe meio-período tem o direito de morar em uma casa destas. Achamos que merecemos tudo, e que temos o dever de viver o estilo de vida que os ricos famosos vivem.

Não, não caiamos na falsa idéia de que merecemos uma vida fácil com várias férias, viajar quando bem quisermos, terminar nosso trabalho no final do dia, trazer comida para casa, depois sentar na poltrona e ficar ali como um tronco de madeira morto, porque merecemos. Isto está errado! Devemos viver do suor do nosso trabalho.

Esta é sua vida como homem. Você tem muitas obrigações a cumprir e pouco tempo para descansar. Sinto muito, isto é masculinidade.

Em suma, devemos acordar bem cedo, ir trabalhar, voltar para casa, e aí então, nosso real trabalho começa. Temos uma esposa em casa para cuidar, que precisa de muito mais do que apenas trazermos comida. E temos crianças que precisam ser discipuladas e mentoreadas. Então, desabamos na cama, para acordar no dia seguinte e fazer tudo de novo. Esta é a razão pela qual a mulher deve cuidar da casa e viver para seu marido, pois a vida dele é viver para eles.

Nossa cultura prega que devemos ter uma vida fácil. Quando aconteceu a queda no Jardim do Éden, a vida fácil foi embora. Muitos homens trabalham, e eles odeiam isso, ficam com suas famílias apenas o suficiente para fazer o mínimo, e então fogem de seus trabalhos e de suas famílias para fazer algo que realmente gostem, e suas vidas ficam sempre nestes hobbies, nos esportes, em descansar, e outras coisas.

A única maneira de achar contentamento nesta vida é vendo o seu trabalho e suas responsabilidades nesta terra como ordenanças de Deus e aguardando sua recompensa no céu, realizando o trabalho que lhe é proposto e tirando sua alegria do fato de agradar a Deus ao assumir a responsabilidade de sua masculinidade.

Então, não podemos praticar esportes ou descansar? Podemos, mas não tanto quanto gostaríamos, ou tanto quanto meus amigos, que não são casados ou não tem filhos. Existem fases diferentes em nossas vidas. Onde está seu coração? A verdadeira alegria não está em continuar sendo um menino eternamente, apenas com brinquedos mais caros e continuamente sendo cuidado por uma mãe, seja ela sua mãe mesmo ou sua esposa. A alegria e o contentamento vêm de assumir a responsabilidade que lhe foi proposta por Deus, de prover para sua família, não apenas coisas físicas, pois isso é apenas uma pequena parte da provisão.

A pessoa mais importante na face da terra para um homem deve ser sua esposa. E vice-versa. Uma terrível ilustração para isto é que, se eu estiver em um barco com minha mulher e meus filhos, e o barco estiver afundando, e apenas eu souber nadar e for capaz de salvar apenas uma pessoa, eu devo salvar minha esposa. Você já deve ter escutado: “Não há amor como o de mãe”, isso é errado, a bíblia fala que não há amor como o amor de um pai.

Você sabe por quê tantas mulheres são tão ligadas a seus filhos?

Porque suas necessidades emocionais que deveriam ser supridas por seu marido não o são, então elas buscam esse suporte emocional nos seus filhos. O problema é que as crianças não foram feitas para nutrir emocionalmente os pais. Se o marido amar a esposa mais do que tudo, as crianças olharão e dirão: “Meu pai ama minha mãe mais do que tudo neste mundo. Este lar está seguro como uma rocha, papai não vai a lugar nenhum”. E a filha dirá: “Então é assim que um homem deve tratar uma mulher. Meu pai trata minha mãe como se fosse uma rainha. Eu não irei aceitar nada menos do que isto”.

*O autor é fundador e diretor do ministério Heart Cry Missionary Society.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A DIFERENÇA QUE FAZ UM PAI



É comum as pessoas exaltarem somente a importância da mãe na educação dos filhos, mas hoje você irá saber qual é a real diferença que um pai faz na vida dos mesmos. O envolvimento do pai propicia o desenvolvimento de competências diferentes no cérebro das crianças, sobretudo na área das relações sociais.

 
Segundo as teorias feitas por John Gottman, sustenta-se que toda criança precisa realmente de um pai, mas nem todo pai serve. O verdadeiro pai é aquele que é um preparador emocional, ou seja, aquele que está emocionalmente presente, capaz de confortar a criança quando está triste, que não é excessivamente crítico e emocionalmente frio, mas que está por dentro do dia da criança, sabendo os nomes de amigos, do que eles brincaram e como foi ter saído mal na prova da escola.

Aprofundei-me nas pesquisas científicas sobre a importância da figura paterna (masculina) e veja só o que descobri:

 
  • Os pais podem influenciar os filhos de uma maneira que as mães não conseguem, especialmente no que diz respeito ao relacionamento da criança com os colegas e seu desempenho na escola. 

  • Pesquisas indicam, por exemplo, que meninos com pais ausentes tem mais dificuldade de encontrar equilíbrio entre a afirmação da masculinidade e o autocontrole.

  • Consequentemente, eles tem mais dificuldade de aprender a se controlar e a lidar com as frustrações, sendo essas, características que adquirem importância cada vez maior a medida que a criança cresce.

  • As meninas cujos pais são presentes e interessados, são menos propensas a cair precocemente na promiscuidade sexual e mais propensas a estabelecer relacionamentos saudáveis com os homens quando se tornam adultas.

  • As crianças cujos pais tinham dado mais carinho, tinham relacionamentos sociais melhores.

  • Os bebês de cinco meses do sexo masculino que tinham contato com os pais, estranhavam menos as pessoas e eram bebês que se atiravam mais no colo de pessoas estranhas do que aqueles cujos pais não eram tão envolvidos. Esses bebês quando tinham um ano, perceberam que choravam menos quando deixados com um estranho.

  • Constataram que as crianças de três a quatro anos, onde os pais brincavam em sessões de vinte minutos por dia e nas brincadeiras havia contato físico, os filhos eram mais populares com os colegas. Esse mesmo estudo comprovou algo curioso e significativo: Esse mesmo índice de popularidade era baixíssimo naqueles filhos cujos pais eram autoritários e críticos nas brincadeiras, pois eram crianças que tinham medo de se expor ao colegas, por acharem que iriam analisar seus defeitos.

  • As crianças que foram humilhadas pelos pais costumam ser mais difíceis. Acabam sendo mais agressivas com os amigos e geralmente são os que se saem pior na escola, com alguns sinalizadores de violência e delinqüência.

  • A interação mãe/filho também é importante, mas verificaram surpreendentemente que comparada com a relação do pai, o contato com a mãe não fazia prever com tanta certeza o sucesso ou o fracasso da criança na escola e com os amigos. Agora que você já sabe disso, use, abuse e explore essas informações!
Por Karine Rizzardi:  A autora é psicóloga especialista em casais e família

sábado, 9 de fevereiro de 2013

A FELICIDADE DA FAMILIA



Texto: Lc 19.1-10

Introdução: O propósito de Deus é que sejamos felizes em família.

Vejamos a história de um homem, um pai de família que decidiu ter a sua vida mudada, e consequentemente teve a sua família mudada.

1. A presença de Jesus no lar
E, apressando-se, desceu, e recebeu-o alegremente” (v.6).
Veja a expressão: “recebeu-o alegremente”.

O LAR QUE NÃO SE ABRE PARA JESUS ENTRAR, NÃO MERESSE UM MILAGRE.

Zaqueu abriu a sua casa e também o seu coração para receber a Jesus com alegria, pois ele sabia que o ato de recebê-lo mudaria a sua história, a sua família, a sua vida.

O que vemos hoje? As pessoas sem Deus. Famílias sem Deus. A sociedade sem Deus.

O que fez o humanismo? Jogou Deus para fora.

Temos lugar para tudo em casa, temos também lugar para Jesus?

2. Decisão
E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado” (v.8).

Zaqueu fez um propósito firme: “E, levantando-se, disse ao Senhor...”.

A decisão em seu coração era firme.

Josué um dia fez um propósito: “Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade; e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais além do rio e no Egito, e servi ao Senhor” (Js 24.14).

Veja a decisão de Jacó: “Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos, que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes” (Gn 35.2).

O que nos ensina o filho pródigo?Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti” (Lc 15.18).

Depois de totalmente perdido em terra estranha, decidiu voltar para casa, para o Pai, para a família.

Quais são os seus alvos como família?

3. Doação
eis que eu dou” (v.8b).

O egoísmo, é um terrível inimigo da família, que nos separa; as pessoas mais infelizes são as egoístas.

O pecado gera egoísmo. Somos muito possessivos: “Meu!”.

A doação é disposição de tornar os outros felizes: “... e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (Atos 20.35c).

Também é dar: tempo, atenção, um elogio, um telefonema, um bilhete, um gesto carinhoso.
Jesus, o nosso exemplo, deu a sua vida por nós para que tenhamos vida em abundância.

4. Arrependimento e Conserto
e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém” (v.8c).

Zaqueu decidiu mudar a sua vida.
Devolverei pagando quatro vezes mais: Um homem roubando aquilo que fosse essencial e não demonstrando qualquer piedade, deveria pagar quatro vezes mais (Ex 22.1 Se alguém furtar boi ou ovelha e o abater ou vender, por um boi pagará cinco bois, e quatro ovelhas por uma ovelha;

2 Sm 12.6 E pela cordeirinha restituirá quatro vezes, porque fez tal coisa e porque não se compadeceu. ).

 Aqui, Zaqueu, totalmente arrependido, não somente reconheceu a dureza e crueldade do seu comportamento, mas voluntariamente impôs sobre si mesmo a restituição requerida pela lei para tais atitudes.

A maneira certa de tratar o erro é confessando, consertando, não há outro caminho: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv 28.13).

Há muito lixo escondido dentro dos corações, dos lares que precisam vir à tona.
Aí vem o perdão que cura, que restaura.

5. Salvação
E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão” (v.9).

O que significa salvação? É o ato pelo qual Deus livra uma pessoa do perigo, da opressão, do sofrimento, da culpa, e do poder do pecado e a introduz em uma vida nova cheia de bênçãos espirituais.

O alvo de Deus para família é a salvação: “E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (Atos 16.31).

Este é o desejo de Jesus, entregou-se a si mesmo na cruz pela nossa salvação.

Conclusão: Jesus antes de chegar a Jerusalém, onde foi crucificado, passou por Jericó e entrou na casa de Zaqueu, onde entrou também a salvação.

hoje Ele quer entrar em sua casa e transformar a sua vida e família.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

QUANTO CUSTA SER UM HOMEM?

Por Paul Washer


A perda da masculinidade nos nossos dias.


Nas escrituras e em muitas civilizações havia esta noção de que o macho ou era um menino ou era um homem. Não há muitos jovens que gostam de ser chamados de meninos. Então, havendo apenas duas opções, um jovem iria se esforçar para se tornar um homem, pois não quer ser um menino. Mas esta falsa idéia de “modelos evolucionários” trouxe uma terceira categoria: adolescentes. Então, quando um garoto atinge a idade de onze ou doze anos ele é chamado de adolescente. E é dito a ele que ele tem que se auto-descobrir, buscar autonomia, ser rebelde, etc.

 
Mas a Bíblia não ensina que exista um período assim. E esta fase é perfeita para o cara preguiçoso, que quer experimentar os privilégios de um homem, mas não quer assumir as responsabilidades de um homem, e continua agindo como um menino, até a idade de trinta anos.


A responsabilidade primordial de um homem santo é gerar homens santos.

A responsabilidade primordial de um pai é investir sua vida, a todo custo, para criar seus filhos, de maneira que eles cheguem à idade de 17 ou 18 anos e possam assumir o título de homem.

Alguns jovens me perguntam: “Quando eu devo começar a namorar?”. O namoro é algo recente, cultural, que nasceu nos últimos cem anos para cá. É algo recreativo. Você quer sair com uma garota… por que?


Porque você quer os privilégios de ter uma parceira ao seu lado, mas sem assumir as responsabilidade de ter uma parceira. Então, quando eu posso começar a me relacionar com alguém do sexo oposto?

 
Quando você se torna um homem, e o que quer dizer se tornar um homem?

De acordo com as escrituras, em primeiro lugar, é ser capaz de ser o líder espiritual de uma mulher e de uma casa. Antes disso, biblicamente, você não é considerado um homem. Não é apenas ter a capacidade de fazer isso, mas é assumir a responsabilidade, o peso nos seus ombros, de guiar espiritualmente sua família, ensinando e sendo exemplo.

 
Além disso, significa você estar pronto para proteger sua família. Não significa ser cheio de músculos, mas ter o caráter forte e necessário para enfrentar as adversidades que batem a porta. Não é obrigação da sua esposa fazer isso. É sua responsabilidade de se colocar na porta para que sua mulher nunca tenha que enfrentar os problemas, e seus filhos tenham um lugar seguro para crescerem e se desenvolverem.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

CONVERSAS DE FÉ EM FAMÍLIA

Texto. Deut. 6.1-9.
 
Uma maneira simples de conversar com seus filhos sobre oração, princípios morais, valores, servir aos outros e muito mais.
 
Aceite o Desafio de Conversar sobre Fé em sua Casa
o desafio de conversar sobre fé no lar compreende uma jornada, elaborada com o objetivo de aprimorar o crescimento espiritual da família e de incutir em seus membros o bom hábito de investir na melhoria de sua vida espiritual.
 
As pesquisas têm mostrado que 80 por cento dos jovens abandonam a igreja após o ensino médio. Contudo, a chance de permanecerem firmes aumenta muito caso tenham tido, ao longo do seu crescimento, a experiência de conversar sobre temas espirituais em família.
 
Neste defafio, os pais proporão estudos que servirão para iniciarem conversas sobre as coisas de Deus com seus filhos adolescentes e pré-adolescentes. O objetivo é inspirar e induzir um diálogo rico e muito significativo, tanto para a vida espiritual quanto para o relacionamento de vocês.
 
O melhor aprendizado, e também o mais eficaz, raramente advém de sermões e pregações; na verdade, ele costuma ser fruto de boas conversas em que compartilhamos nossas experiências de uma maneira saudável.
Os estudos deve oferecer um alicerce bíblico e prático para a vida espiritual familiar, que ajudará você e seus filhos a crescerem juntos e a fortalecer o relacionamento de cada um com Deus, independentemente da idade que tenham.
Cientes de que há níveis de aprendizado espiritual que ocorrem em idades diferentes, fizerem
o possível para tornar esses roteiros adequados a famílias com filhos.
 
 
Por sua vez, dá à família a oportunidade de conversar sobre as possíveis formas de aplicarem os ensinamentos da lição ao dia " dia de cada um.  
O objetivo é que vocês desfrutem de conversas sobre assuntos espirituais, aprendam juntos e desenvolvam o hábito de terem um tempo especial em família.
O desafio que estamos lhe propondo é que você reúna sua família por 40 a 50 minutos, no minimo uma vez por semana, durante o ano - e faça desse tempo um momento agradável e divertido! Se não puderem se reunir em alguma semana, não se preocupe. É só dar continuidade na semana seguinte. O que conta é o processo.
Certamente você verá os resultados na vida de sua família nos anos que virão.
Tempo em Família  para Conversar sobre Fé
Tem havido um movimento crescente e extremamente empolgante entre o povo de Deus, que visa trazer de volta para os lares o diálogo sobre o Senhor e a fé cristã.
Na mesma época em que as pesquisas começavam a apontar que os jovens criados em famílias
cristãs estavam abandonando a igreja entre o final da adolescência e o início da idade adulta - aliás, uma péssima notícia para os pais cristãos, foram divulgados também os resultados de outros estudos, que mostravam uma realidade bastante positiva:
os jovens que haviam crescido em famílias que tinham o hábito de conversar sobre assuntos ligados à vida cristã permaneciam fortes na fé e ativos em seu relacionamento com o Senhor.
Uma das perguntas que mais ouvimos no ministério é: "Como posso criar um legado espiritual de fé para a minha família?'
 É verdade que a vida é complicada, mas a resposta a essa pergunta é bem simples. Nos lares em que há um momento específico, dedicado ao crescimento espiritual da família, os filhos avançam espiritualmente. Esses momentos são bons para a comunicação, para o fortalecimento da fé de cada pessoa e ajudam, inclusive, o casamento.
Ademais, esses momentos em família, dedicados ao diálogo sobre a fé, ajudam a família a crescer espiritualmente. A prática de passar um tempo juntos abre as portas para o diálogo acerca de vá-
rias questões importantes que muitos pais desejam abordar em casa, mas se sentem despreparados para discutir com os filhos.
Quando o tema das conversas é planejado, relevante e pertinente ao que estamos vivendo, surge uma oportunidade natural de orarmos juntos e estudarmos a Palavra de Deus. Este desafio tem como objetivo de dar o pontapé inicial nessas conversas em sua casa, de modo que você e seus familiares possam criar o hábito de separar um tempo para falar de Deus em família.
Oferecemo em nossa igreja materiais deste tipo aos seus membros, a fim de levarem a todos os lares da congregação o diálogo sobre o Senhor e a fé cristã.
Nossa expectativa é a de que vocês vejam este material como um ingrediente a mais em sua tentativa de ajudar as famílias da comunidade a construírem um legado de crescimento espiritual em seus lares.
O Mandamento Bíblico do Shemá
Você sabe qual é o texto bíblico mais citado de todos os tempos? Talvez o palpite de muitos cristãos seja João 3.16 ou o Salmo 23.
Todavia, o trecho mais citado das Escrituras é, de longe, Deuteronômio 6.4-9. E o motivo é o seguinte: todas as manhãs e todas as noites esse texto é lido em voz alta nos lares dos judeus ortodoxos.

É recitado a cada Sábado. É lido quando alguém se acha no leito de morte e quando se celebram os bar mitzvas.
Aliás, quando perguntaram a Jesus qual era o mandamento mais importante, Ele imediatamente citou essa passagem de Deuteronômio. "Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças" (v. 5 - NVI).
É possível que essa passagem, chamada Shemá, tenha sido o primeiro texto bíblico que Jesus ouviu quando criança, pois, provavelmente, era citada em sua casa todos os dias.
Shemá é uma palavra hebraica que significa "ouvir". Os versos do Shemá são uma ordem para que os cristãos deixem um legado de fé aos seus filhos.
"Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas
quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões
." (Deuteronômio 6.4-9 - NVI)
Esses versos nos ensinam três lições fundamentais:
1.      A fidelidade a Deus;
2.      A transmissão da fé e do amor aos filhos;
3.      A necessidade de estarmos constantemente conscientes dos ensinamentos divinos.
Infelizmente, um número muito grande de famílias cristãs perdeu a visão do Shemá. É tempo, portanto, de recuperarmos esse princípio, bem como o foco e a concentração que precisamos ter
para criarmos um legado espiritual em nosso lar.
O Shemá nos ensina que a fé é transmitida aos filhos quando os pais levam uma vida autêntica e fiel ao Senhor, ensinando os filhos por meio do exemplo.
Transmitir a fé às crianças não é tarefa da igreja; na verdade, o papel da igreja é andar ao lado das famílias, ajudando-as a desenvolver fé e valores sólidos, que levarão os filhos a se tornarem crentes fiéis e, então, passarem o legado que receberam à geração seguinte.
O chamado de Deus para os pais é que discipulem os filhos, conduzindo-os à maturidade espiritual. Ninguém jamais afirmou que essa seria uma tarefa fácil; aliás, ela pode se tornar bastante
complicada.
Contudo, Deus nos chama a promover o crescimento espiritual na vida de nossos filhos - e, como diz o Shemá, uma importante maneira de fazermos isso é conversando com eles sobre a vida com Deus, "quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar".
Em outras palavras, são muitas as ocasiões para falarmos do Senhor! Se a sua família ainda não se encontra nos moldes do Shemá, não tem problema.
O objetivo deste desafio é ajudá-lo nisso. As conversas que promovem acerca do Senhor raramente são perfeitas e nem sempre são impactantes. Contudo, elas sempre valem a pena.
Como usar este Desafio 
Costumo dizer que, no trabalho com adolescentes e pré-adolescentes, precisamos planejar atividades breves e simples. Leve em consideração a idade e o temperamento de seus filhos e escolha atividades que eles aguardem com expectativa e gostem de fazer.
Gosto muito do que diz 1 Tessalonicenses 2.8:  "Sentindo, assim, tanta afeição por vocês, decidimos dar-lhes não somente o evangelho de Deus, mas também a nossa própria vida, porque vocês se tornaram muito amados por nós." (NVI)
O Shemá nos instrui a não apenas comunicar aos filhos as Boas-Novas e os ensinamentos divinos, mas também a dividir nossa vida com eles. Portanto, crie uma atmosfera acolhedora e evite
fazer pregações, dar sermões ou depreciar os seus filhos.
Essas táticas não funcionavam quando você tinha a idade deles e continuam não funcionando hoje! Ademais, tenha em mente que os filhos se comprometem mais com aquilo que ajudam a fazer. Portanto, dê a eles a oportunidade de planejar e quem sabe até conduzir algumas das atividades. Essa é uma forma de mantê-los empenhados nesses momentos.
No passado, muitas famílias fizeram de sua hora devocional um momento de muita austeridade e, com isso, perderam a alegria de andar juntos em sua caminhada espiritual. Minha sugestão é que
você varie os horários das conversas e associe esses momentos com alguma refeição ou atividade de lazer.
Conheço uma família que sempre vai à sorveteria após a sua hora devocional em família. Outra promove um campeonato de ping-pong ou de videogame após os seus 50 minutos de reunião. Esse tempo em família não tem de ser longo, nem entediante. A ideia é torná-lo uma experiência significativa, e a sua tarefa é intensificar o crescimento espiritual de sua família, ajudando a criar unidade em seu lar.
Antes das reuniões, reserve um tempo a sós ou com seu cônjuge para dar uma olhada no capítulo da semana. Enquanto reflete sobre seus filhos em atitude de oração, escolha as partes da conversa e do estudo bíblico que serão mais relevantes para a sua família. Então, dê início à conversa!
Porém, não se esqueça de que uma boa conversa às vezes toma um curso inesperado, principalmente quando os filhos participam dela. Não se preocupe se o assunto se desviar momentaneamente ou se surgir alguma conversa que aparentemente não os levará a lugar nenhum, principalmente se os seus filhos forem pequenos.
A intenção é convidar o Senhor para participar desses momentos especiais em família e desenvolver o hábito de conversar sobre questões espirituais importantes num ambiente acolhedor e livre de ameaças.
 
Que Deus abençoe ricamente a sua família ao compartilharem as Palavras de Vida!